Essa palavra anda muito na moda. Principalmente pela facilidade de acesso a informações sobre comportamento canino através de programas de televisão e livros de sucesso. Mas, na prática, como socializarmos os filhotes se devemos esperar até que tenham todas as doses de vacinas para saírem de casa? A socialização é tão importante para cães quanto a imunização.
Ela consiste exatamente em fazer com que cães passem o maior número e a maior variedade de experiências possível numa época em que estão como esponjinhas, sem preconceitos contra nada. Isso na prática significa brincar com outros animais da mesma espécie, de todas as idades e tamanhos, conhecer crianças, bebês, gatos, ratos, pássaros, pessoas de barba, mais velhas.
Dessa forma, se feita na época certa, esta ‘apresentação’ fará com que os cães quando adultos jamais demonstrem sinais de agressividade, ansiedade, fobia ou medo de nada.
Hoje as pessoas têm bichos de estimação por prazer; e não para trabalho. Se eles não se enquadram na sociedade, causam transtornos que podem até acabar em eutanásia, como atacar outros cães na rua ou não tolerar crianças, por exemplo. O assunto quando iniciar este processo é polêmico. O período crítico para a maioria dos autores de comportamento é entre 4 a 16 semanas. A vacinação começou ou ainda não terminou. O cãozinho não pode ficar num ambiente contaminado, como áreas comuns da clínica e muito menos passear na rua. Só que eles devem conviver com outros cães, ver outras pessoas, passear de carro. Assim ficarão mais dóceis e maleáveis.
A melhor alternativa seria procurar uma clínica veterinária ou centro de treinamento que ofereça aulinhas para filhotes ou grupos de socialização. Ainda são poucos os lugares que têm este serviço. Para escolher o melhor local, leve em consideração as exigências que estes centros farão para você e seu cão. Isso indica que há preocupação com o contágio de doenças. O local deve ser limpo, arejado, com piso lavável e longe da área comum de recepção e trânsito de animais. Os grupos devem ser formados por cães de faixa etária semelhante e porte parecido, para evitar acidentes. A carteira de vacinação deve ser exigida previamente, bem como a vermifugação e aplicação de carrapaticidas e pulgicidas, antes que os cães tenham contato uns com os outros. As sessões devem ser supervisionadas por um profissional habilitado e confiável, que seja calmo e paciente. Como proprietário, você deve participar, sem contudo, superproteger seu cão. Aliás, isso é muito importante para a socialização. Deixar que o cão viva suas próprias experiências. Não é necessário intervir quando os filhotes estiverem brincando, pois se um deles morder forte, o outro reclama. Dessa forma eles aprendem a intensidade da mordida. Os cãezinhos que brincam com outros da mesma espécie não mordem tanto os donos nas brincadeiras.